O tweed é um tecido quentinho, de diferentes padronagens, feito de lã, que surgiu às margens do rio Tweed, que separa a Inglaterra da Escócia. Ele que ganhou o mundo através da “little Black jacket” da Chanel,na década de 20. Porém, o tweed começou a aparecer mais em 1852, no inicio do período vitoriano. Em 1846, o alfaiate Henry Poole abriu sua primeira loja, na rua Savile Row, em Londres, que hoje continua sendo uma das maisons mais famosas quando o assunto são ternos e casacos. Poole já vestiu os homens mais importantes da Europa, como Napoleão III e a Rainha Elizabeth II e desde essa época já utilizava o tecido em suas confecções.
“Não é na história dos vestidos de alta-costura, porém, que a aurora da libertação da mulher de seu status de “bem móvel” pode ser percebida; é antes nos conjuntos masculinos de tweed adotados pelas mulheres de classe média que tinham começado a ganhar seu sustento como governantas, balconistas e datilógrafas. A roupa de alfaiataria foi requisitada por essa nova força de trabalho a partir do tailleur usado pelas damas da classe alta para viagens e atividades campestres, e foi indicativa de uma mudança de paradigma que libertou a mulher do lar.”.
(Cap 1870-1914 A Belle Époque – Cronologia da Moda – De Maria Antonieta a Alexander Mcqueen)
Quando já era uma peça mais popular, os casaquinhos feitos de tweed, por volta do ano de 1898, eram usados em atividades ao ar livre, inspirados nas linhas da alfaiataria masculina, juntamente com saias em forma de sino e uma camisa.
Nos anos 1900, o tweed voltou a fazer parte da alta sociedade, sendo sinal de sofisticação e luxo, graças às peças de Chanel, que produzia peças como casaquinhos e conjuntos feitos com o material. Hoje, conseguimos ainda garantir um look chique usando esse modelo de casaco. A maison Chanel, a frente de Karl Lagerfeld, continua inovando os modelos, mas nunca perdendo seu toque clássico.