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Já imaginou entrar em uma loja em que as roupas não fossem mais separadas em seções ‘masculinas’ ou ‘femininas’?

Se depender das últimas coleções de grandes grifes desfiladas em Milão e Paris ou dos debates atuais nos blogs e revistas de moda, a possibilidade de encontrarmos mais peças unissex nas vitrines será uma realidade, em breve!

Logo no começo de 2015, a loja de departamentos Selfridges ganhou a mídia ao anunciar um experimento que ficou conhecido como agender, algo como ‘sem gênero’. A ideia era que algumas roupas da loja não seriam mais separadas entre seções femininas ou masculinas, permitindo que o próprio cliente escolhesse as peças que mais gosta ou se identifica, sem se preocupar com limitações de gênero ou esteriótipos. Na descrição da campanha, a loja defende que essa separação ‘reforça regras de gêneros artificiais’, como a ideia de homens só usarem cores sóbrias, enquanto as mulheres devem escolher peças rosas.

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Reforçando o que já vinha acontecendo em outras semanas de moda, a recente Semana de Moda Masculina de Milão incluiu mulheres nas passarelas, muitas vezes utilizando visuais ou peças parecidas com as exibidas pelos modelos masculinos. Gucci, Emporio Armani e Prada foram algumas das grifes que brincaram com essa troca de visuais, com homens de roupas coloridas, cheias de acessórios e rendas, enquanto mulheres usavam muitas camisas sociais e peças de alfaiataria nas passarelas.

É importante destacar que nessa proposta não há a perca da identidade ou um ausência de personalidade, nem mesmo uma moda mais assexuada ou andrógena. O que acontece é mais uma troca de elementos: enquanto as mulheres ajustam as peças de alfaiaria (saiba mais sobre o estilo boyish), os homens conquistam a liberdade de combinarem cores, materiais e muitos acessórios que até décadas atrás eram exclusivos das mulheres, como as bolsas e pulseiras!

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Em uma época em que modelos transgêneras como Lea T e Andreja Pejic conquistam grandes campanhas e que Vanity Fair praticamente ‘quebrou a internet’ ao anunciar sua transformação de padrasto das Kardashian para Caitlyn Jenner, essa discussão sobre os limites de gêneros ganham ainda mais pontos e opiniões. Não que o futuro aponte para uma moda sem personalidade ou com pouca identidade, muito pelo contrário, já que permitirá uma abertura ainda maior de mais de peças, roupas e estilos! O importante é que esse debate avance para uma mudança na maneira de pensar e mostre novos rumos dentro da moda!

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Para saber mais; acesse: 

Lilian Pacce 
FFW

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